domingo, 12 de maio de 2013

Inversão Térmica

O fenômeno da inversão térmica, capaz de confinar grandes quantidades de poluentes numa estreita camada da atmosfera, é um fenômeno onde a convecção natural é dificultada pela inversão do gradiente de temperatura em função da altitude necessário para a livre dispersão dos solutos do ar que formam a poluição, confinando-os a uma estreita camada fluida, rica em poluentes. Na inversão térmica, o gradiente da temperatura do ar segue um perfil aproximadamente adiabático, tipicamente de -1°C/100m, até determinada altitude onde há um aumento da temperatura em função da altitude.

Essa inversão no gradiente de temperatura inviabiliza a formação da convecção natural entre essas camadas de ar. A partir de uma altitude um pouco maior, a gradiente de temperatura do ar volta a seguir a aproximação adiabática da atmosfera que se estende até altitudes de 10 km. As inversões térmicas podem ocorrer em várias altitudes da atmosfera, contudo as mais preocupantes são as inversões em baixa altitude (100 a 300 metros) por sua capacidade de dificultar a dispersão dos poluentes gerados nos centros urbanos.



Conclusão
A maneira mais comum na qual a inversão de superfície se forma é através do ar gelado perto do chão à noite. Quando o sol se põe o chão perde calor muito rápido e isso esquenta o ar que está em contato ele. Entretanto, como o ar não é bom condutor de calor, o ar logo acima da superfície continua quente. Condições que favorecem o desenvolvimento de fortes inversões de superfície são ventos calmos, céu claro e longas noites. Ventos calmos impedem o ar quente acima da superfície de se misturar com o do chão, e céus limpos aumentam a taxa de resfriamento da superfície terrestre. Noites longas permitem que o ar gelado no chão continue por um longo período, resultando em uma diminuição maior da temperatura da superfície. Já que noites no inverno são muito mais longas que as do verão, a inversão térmica é mais forte e comum nos meses de inverno. Uma forte inversão implica uma substancial diferença entre o ar gelado de superfície e o ar quente acima. Durante o dia, as inversões térmicas tendem a se tornar fracas e normalmente desaparecem. Entretanto, entre certas condições meteorológicas, como uma alta pressão sobre a área, essas inversões podem se estender por vários dias.

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