Vegetação:
Coberto por uma vegetação de árvores retorcidas em meio ao tapete de gramíneos. Durante o verão as chuvas se concentram e tudo é muito verde. No inverno o capim amarelece e seca. Quase todo o arbusto troca a folhagem por totalmente nova. Mesmo no auge da seca (inverno) o cerrado apresenta algum verde no seu estado arbório-arbustivo. Suas espécies são caducifólias, mas a vegetação como um todo não esta é semi-caducifolia.
Climatologia:
O clima predominante é o tropical sazonal de inverno seco. A temperatura média anual é de 25°C podendo ate chegar a 40°C na primavera. As mínimas registradas podem chegar próximas a 10°C ou até menos, nos meses de maio, junho e julho. A precipitação média anual chega a 1200 a 1500 mm Tem curtos períodos de seca chamados de verônicos. No período de maio a setembro, os níveis pluviométricos mensais reduzem-se bastante podendo chegar à zero. Nos períodos de estiagem o solo se resseca muito, mas somente sua parte superficial. Vários estudos já demonstraram que, mesmo durante a seca, as folhas das arvores perdem razoáveis quantidades de água por transpiração. Ventos fortes e constantes, não caracterizam o cerrado. Normalmente a atmosfera é calma e o ar fica quase parado.
Degradação do cerrado:
O avanço da agricultura para o cerrado está causando transformações radicais na paisagem natural do bioma, devido à retirada quase total da sua vegetação nativa. Este processo gera a perda da cobertura natural do solo. Nos últimos seis anos o cerrado perdeu 126.000 km² de sua cobertura vegetal. Ocorrem constantes desertificações ocasionadas pelo desmatamento sem controle, que transformou o cerrado em um grande emissor de CO² na atmosfera. Outra causa da degradação do cerrado é o uso de recursos hídricos, a irrigação, a diluição dos resíduos e contaminantes, as barragens para gerar energia elétrica.
Soja no oeste da Bahia:
Mesmo com seca e ataque de lagartas sem precedentes, o Oeste da Bahia espera colher uma safra de soja acima de 4 milhões de toneladas e ultrapassar 50%, para efeito de comparação, da marca do Paraguai – quarto maior exportador de soja do mundo que alcança 7,5 milhões de toneladas por temporada. A região que forma o corredor de 450 quilômetros entre Goiás e Piauí ampliou a área de cultivo em 12%. “Vamos ter quebra, mas, como a área é maior neste ano, a produção será grande e pode até se equiparar à do ano passado”, disse Vanir Kolln, produtor rural e presidente do Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães.
A Expedição Safra segue viagem pela região para conferir se a tendência é de crescimento ou queda na produção de soja e milho no Oeste baiano. Produtores de Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério relatam que parte das lavouras está na quinta semana de seca, no segundo veranico da temporada. A principal prejudicada é a soja precoce plantada no fim de novembro. Mal as plantas saíram do solo, enfrentaram quatro semanas de estiagem. Muitas áreas tiveram de ser replantadas. As lavouras que resistiram enfrentam agora um golpe ainda maior.
O ano é uma prova de fogo para áreas localizadas entre Luís Eduardo e Barreiras numa zona que já foi conhecida como “cemitério de gaúchos”. Muitos produtores que migraram do Sul brasileiro tiveram de abandonar a agricultura há uma década depois de registrarem quebras seguidas na produção, numa época em que a agricultura tinha menos suporte tecnológico. Com a elevação dos preços da soja, muitas áreas voltaram a ser cultivadas, mas desde a safra passada, enfrentam severos problemas climáticos.
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