quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Pantanal

     O Pantanal, estende-se pelos territórios do Mato-Grosso , Mato-Grosso do Sul, Paraguai e Bolívia. Ao todo são aproximadamente 228 mil quilômetros quadrados. Com um clima úmido (Alto índice pluviométrico, quente no verão e seco e frio na época do inverno) é considerada a maior planície alagável do mundo. O Pantanal não é propriamente um bioma e sim uma faixa de transição, pois a região apresenta elementos característicos de várias formações. Por constituir-se como elo entre vários biomas, o Pantanal é um exuberante complexo moldado pelo ciclo das águas e influenciado por ambientes da vizinhança.


Principais características do clima do Pantanal:

- No Pantanal predomina o clima do tipo Tropical Continental.

- As estações de chuva e seca são bem definidas. O volume de chuvas no verão é muito maior do que no inverno. Portanto, o verão é uma estação chuvosa no Pantanal, enquanto a inverno é seco.

- De abril a setembro (época mais seca do ano) as temperaturas ficam amenas (calor fraco) durante o dia. Quando o Sol se poem as temperaturas caem tornando as noites frias.

- De outubro a março (período mais quente e úmido do ano) as temperaturas ficam elevadas e as chuvas fortes são frequentes.

- O clima é quente praticamente todo o ano, sendo que a temperatura média anual é de 24ºC. No verão a temperatura média é de 33ºC, enquanto no inverno fica em torno de 16º.

- A umidade relativa do ar fica em torno de 50% no inverno e 75% no verão.

- Na região do Pantanal, por estar situada na área central do continente, não há maritimidade (influência da umidade proveniente do mar). Porém, as massas de ar frias, provenientes do Polo Sul, chegam ao Pantanal no inverno, derrubando drasticamente a temperatura.


     O equilíbrio ecológico do bioma depende do movimento constante do subir e baixar das águas. A partir de novembro, com o início do trimestre chuvoso nas regiões altas da bacia hidrográfica, sobe o nível dos rios, provocando as enchentes na planície. Em maio, as chuvas param e as águas começam a baixar lentamente.

     Nos terrenos alagados são formados inúmeros corixos e vazantes e uma grande quantidade de peixes fica retida em lagoas e baías.

     A riqueza da vida no Pantanal é consequência natural da junção de muitos ambientes diferentes, todos com características biológicas próprias – desde as terras mais altas, sempre secas, onde se pratica a pecuária em grande escala, até os terrenos permanentemente alagados, além das áreas intermediárias, onde as águas sobem apenas no período das chuvas.

     A vegetação Pantaneira é um mosaico de três regiões distintas: Amazônica, Cerrado e Chaco (Paraguaio e Boliviano). Ele não tem uma vegetação homogênea e há um padrão diferente de flora de acordo com a altitude e o solo.

     Durante a seca, os campos são cobertos predominantemente por gramíneas e vegetação de cerrado. Essa vegetação também está presente nos pontos mais elevados, onde não ocorre inundação.

     Nos pontos ainda mais altos, como os picos dos morros, há vegetação semelhante à da caatinga, com barrigudas, gravatás e mandacarus. Ainda há a ocorrência de vitória-régia, planta típica da Amazônia. Entre as poucas espécies endêmicas está o carandá, semelhante à carnaúba.
A vegetação aquática é fundamental para a vida pantaneira: imensas áreas são cobertas por batume, plantas flutuantes como o aguapé e a salvínia. Essas plantas são carregadas pelas águas dos rios e juntas formam verdadeiras ilhas verdes, que na região recebem o nome de camalotes.

     Há ainda no Pantanal áreas com mata densa e sombria. Em torno das margens mais elevadas dos rios ocorre a palmeira acuri, que forma uma floresta de galerias com outras árvores, como o pau-de-novato, a embaúba, o jenipapo e as figueiras.

     O ecossistema do Pantanal é muito diversificado, abrigando uma grande quantidade de animais, que vivem em perfeito equilíbrio ecológico. Podemos encontrar, principalmente, as seguintes espécies: jacarés, capivaras, peixes (dourado, pintado, curimbatá, pacu), ariranhas, onça-pintada, macaco-prego, veado-campeiro, lobo-guará, cervo-do-pantanal, tatu, bicho-preguiça, tamanduá, lagartos, cágados, jabutis, cobras (jiboia e sucuri) e pássaros (tucanos, jaburus, garças, papagaios, araras, emas, gaviões). Além destes citados, que são os mais conhecidos, vivem no Pantanal muitas outras espécies de animais.

     Nas últimas 3 décadas, o Pantanal vêm sofrendo inúmeras agressões humanas, dentre elas a expansão desordenada e super rápida da agropecuária, com o uso de pesadas cargas de agroquímicos e a exploração de minerais no planalto, com a utilização intensiva do mercúrio. A criação de pequenas centrais hidrelétricas no Pantanal pode afetar a conectividade do planalto- Onde nasce o Rio Paraguai e seus afluentes- e a planície inundada- por onde as águas desses rios escoam-, dificultando o fluxo migratório de peixes e outras espécies aquáticas e semi-aquáticas pelo sistema hidrológico.

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     Em função de sua importância e diversidade ecológica, o Pantanal é considerado pela UNESCO como um Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.




Grupo:
Amanda Alves, Milena Malta, Vitor Aguiar, Tiago Ramos e Beatriz Farias.

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