quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Mata de Araucária

     A mata de araucária se encontra ao longo do planalto meridional, nos estados do Paraná, Rio grande do Sul e Santa Catarina. É constituída de uma formação aberta, acicufoliada e homogênea (com poucas espécies) que permite facilmente a extração de madeira. As araucárias constituem a única floresta brasileira subtropical ou temperada quente.

     A mata de araucária é o único tipo de pinheiro nativo do Brasil, não passou pelo processo evolutivo devido a sua pouca exposição à neve e por isso não obteve formato de cone. O pinheiro tem extrato arbóreo homogêneo, as folhas são muito agudas e sésseis. A árvore pode atingir até 50 metros de altura e o tronco até 2 metros de diâmetro.




     Os planaltos constituem seu habitat, sendo evitados os vales dos grandes rios. Essa região caracteriza-se por alto índice pluviométrico e por temperaturas moderadas. Para mata de araucária, o solo não é um fator limitante, pois ela é encontrada nos mais variados tipos de solos. A araucária tem preferência por lençóis freáticos pouco profundos.

     A araucária produz sementes comestíveis conhecidas como “pinhão”(existe até a festa do pinhão, no sul do Brasil, que contribui para o desaparecimento desta espécie). Foi nas primeiras décadas do século XX que a maior floresta do sul do Brasil começou a ser destruída. No Rio Grande do Sul, na divisa com a Argentina e Uruguai, os “coronéis” de estâncias se tornaram bastante fortes politicamente e influenciaram a maneira como a floresta passou a ser vista e tratada. “Impulsionados pelo governo Getúlio Vargas, os gaúchos foram incentivados a ocupar as terras do Paraná e Santa Catarina. Para isso, foram devastando a Floresta com Araucária. Naquela época, o lema era terra boa é terra limpa”, conta o biológo. “Ainda hoje é lei, acredite ou não. A floresta cortada ou dizimada vale mais que a floresta em pé”.



     Uma característica comum nos pinheiros e que foi um dos fatores a contribuir para quase a extinção da espécie é a alelopatia, que facilita sua extração. Apenas 1,2% de sua cobertura original encontra-se preservada, e apenas 0,22% (40.734 hectares) está sob a proteção de Unidades de conservação (UC), o que põe em risco a preservação da floresta. No geral, as principais ameaças aos remanescentes florestais que ainda restam são: a extração de madeira, a supressão da floresta via queimadas, pastoreio, a substituição da cobertura florestal nativa por reflorestamento de exóticas (como o Pinus elliottii), pressão urbana e ocupação de terras por movimento sociais. As instituições nacionais e internacionais, pesquisadores e ambientalistas alertam há décadas sobre a descaracterização "para não dizer a quase destruição" da floresta com araucária no Brasil. Até o momento, nada de efetivo foi realizado para reverter essa drástica situação. Dentre os animais que dependem da floresta de araucária estão os tucanos, beija-flores, saíras, gaturamos, sanhaços, jiboias, e mais de 20 espécies de primatas.



Grupo:
Daniel Argollo, Guilherme Franca, Amanda Peixoto, Bernardo Guimarães, Romar Caique e Giovani Gusmão.

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